Mulheres que trabalham a noite correm maior risco de desenvolver o câncer de mama. Segundo pesquisadores do Instituto da Saúde e Pesquisa Médica (Inserm, na sigla em francês) analisaram três mil mulheres que trabalhavam durante a noite e constataram que 30% destas têm maior risco de desenvolver câncer de mama.
As possíveis explicações para este fato são as seguintes: exposição a luz noturna, que inibiria a liberação de melatonina, que são hormônios responsáveis pela recepção hormonal, pela imunidade e pela qualidade do sono. Por saber dessa consequência, o principal autor do estudo, Pascal Guénel, afirma que o câncer de mama, potencializado pelo trabalho noturno, é um problema de saúde pública, já que ele tem tendência a crescer devido ao aumento de mulheres que trabalham a noite.
Dentre as mulheres que trabalham a noite, há um grupo que corre um risco ainda maior. Este grupo trata-se daquelas que realizaram suas obrigações antes da primeira gravidez. Isso porque as células mamárias destas mulheres ainda não estão, totalmente, diferenciadas.
Os males causados pelo trabalho noturno não acometem apenas as mulheres; de acordo com a Agência Internacional para Pesquisa de Câncer (Iarc, na sigla em inglês) atividades profissionais que perturbam o ritmo cardíaco e afetam o sono são, provavelmente, cancerígenas, independentemente de sexo.
O câncer de mama pode ocorrer por motivos variados. Ele pode ocorrer por conta de fatores genéticos, gravidez tardia, baixa paridade, reposição hormonal, hábitos de vida não saudáveis, rotina de trabalho, além de causas ambientais.
Esse tipo de câncer é o principal causador de óbitos entre o público feminino; pois ele atinge uma quantidade de 100 mil mulheres por ano nos países desenvolvidos; com destaque para a França que contabiliza 53 mil casos. No âmbito global, ele também é tido como uma ameaça à saúde das mulheres, pois atinge 1,3 milhões de pessoas.
Para se prevenir contra o câncer de mama há dois exames que podem ser realizados. Um deles é a mamografia, que trata-se de uma radiografia nas mamas. Esse exame é capaz de apontar a presença de nódulos e tumores que podem ser cancerígenos.
Contudo, a mamografia não é indicada para todas as mulheres. Isso porque mulheres com menos de 35 anos apresentam a mama mais densa, o que faria com que a glândula mamária fique opaca e, dessa forma, o exame de mamografia não é capaz de apontar qualquer irregularidade na mama. Nestes casos, o mais indicado é o ultrassom.
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