O Rio de Janeiro pode enfrentar uma epidemia de dengue. Segundo o Superintendente de Vigilância Epidemiológica e Ambiental do estado, Alexandre Chieppe, os meses de abril e maio são os mais propensos ao desenvolvimento do mosquito. Diante da ameaça, a Secretaria de Saúde do Rio já afirmou que vai dar atenção especial as Zonas Oeste e Norte da cidade, que já apresenta uma intensa transmissão da doença.
Admitindo a dificuldade em anular a grande transmissão da dengue, Chieppe dá sinais de que a prefeitura vai concentrar esforços no tratamento de casos de infestação da doença. O superintendente disse que a prefeitura vai continuar implantando novos centros de hidratação. Os critérios para a instalação desses centros é o número de pacientes com suspeita de dengue e a estrutura que cada local oferece para o tratamento da doença.
Além dos centros de hidratação, o governo vem fazendo um apelo ao povo para que, voluntariamente, ajude no combate a doença. A campanha '10 Minutos Contra a Dengue' estimula a população a reservar 10 minutos de seu dia para identificar e eliminar possíveis focos da doença dentro de suas residências (como o acumulo de água parada). Essa campanha junto ao povo é importante, pois segundo a Secretaria de Saúde, 80% das notificações recebidas sobre a doença são provenientes de residências.
A preocupação com um possível surto de dengue se justifica. A doença é um dos principais problemas de saúde pública no mundo. Estima-se que, a cada ano, 20mil pessoas morrem por conta de problemas consequentes da doença.
O grande vilão transmissor da doença, no Brasil, é o mosquito chamado Aedes Aegyipt fêmea. Esse animal apresenta age durante o dia e no cair da noite. É pequeno; sua cor varia entre o café e o preto, apresentando faixas brancas nas costas.
A dengue pode apresentar quatro fases distintas. Confira:
- Infecção Inaparente: quando não há manifestação dos sintomas. É o caso mais frequente.
- Dengue Clássica: apresenta sintomas parecidos com o da gripe; com febre alta, dores, cansaço, indisposição, vômitos, dores nas articulações e atrás dos olhos e manchas vermelhas na pele.
- Dengue Hemorrágica: mais comum em pessoas que estão tendo a doença pela segunda vez. Nesse tipo de dengue, após o terceiro ou quarto dia de contágio, a febre diminui podendo provocar uma queda brusca de pressão arterial e, como consequência, o paciente começa a apresentar sangramentos mais comum nas gengivas, nariz e intestino.
- Síndrome do Choque da Dengue: ocorre queda de pressão até o momento em que o indivíduo não apresenta mais pulso. O doente pode apresentar perda de consciência e insuficiência cardíaca, renal, hepática e/ou respiratória.
Durante o tratamento da doença é importante que a pessoa consuma muita água e procure um médico, o profissional vai se concentrar no controle da doença e prevenção de uma hemorragia. Contudo, nesse tratamento, o doente também tem o seu papel, pois deve se prevenir evitando ser picado novamente. Nesse sentido vale se aproveitar do uso de telas, mosquiteiros, repelentes e vaporizadores elétricos; além disso, deve ser evitado o acúmulo de água parada e limpa (quando for jogar a água de um recipiente fora, lave-o em seguida, pois os ovos do mosquito são resistentes e podem permanecer ativos mesmo sem a água).
Há outras ações de preservação contra o dengue. Confira:
- Tapar reservatórios de água;
- Não deixar garrafas com a boca para cima;
- Armazenar o lixo corretamente;
- Colocar larvecidas e borra de café nos recipientes;
- Abrir portas e janelas quando o fumacê passar, a fim de que o vapor possa entrar em toda a casa;
- Sempre atender o agente de saúde.
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